domingo, agosto 29, 2004

Rush - Rush in Rio

Esse post conta um pouquinho da história de quando eu, o Ri, a Ka, o Pablo, o Luiz e o Amauri, além de outros amigos fomos ver o show do Rush aqui em São Paulo, tudo dentro do review que escrevi para o DVD Rush In Rio (2003).
Links para ver as versões do texto que foram publicadas:
Disconnected

O que está tocando:
Beatallica - a paródia mais séria de todos os tempos! (de onde diabos veio isso?)

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RUSH - Rush in Rio (DVD)
(Sum Records - nacional)

André Melo

Lendo o texto assinado por Neil Peart que está no encarte de Rush in Rio, tive várias lembranças daquele 22 de novembro de 2002, em São Paulo, numa sexta-feira em que havia chovido para caramba. Saí do trabalho no horário habitual e fui encontrar alguns amigos. Sabíamos que seria terrível chegar ao estádio do Morumbi de carro e, principalmente, sair dele junto com outras 60 mil pessoas. Ainda mais com a possibilidade de continuar chovendo. Depois de convencermos dois motoristas de táxi a levar mais cinco pessoas cada um até o estádio, chegamos munidos de capas e guarda-chuvas a uma arquibancada completamente encharcada.
Mais de meia hora depois do horário previsto, ouvimos as primeiras notas de Tom Sawyer. O som estava péssimo e os cabelos do Geddy Lee balançavam de um lado para o outro, mostrando toda a violência com que o vento atingia o palco. Nada disso atrapalhava o trio, muito menos nós que esperamos tanto tempo para poder estar ali. Cara, era o Rush! Com o tempo, o som foi melhorando de qualidade e toda a técnica de Lee, Alex Lifeson e Neil Peart podia ser percebida sem qualquer esforço.
Este DVD, lançado no fim do ano passado, mostra o show do dia seguinte, no Rio de Janeiro, com condições técnicas melhores que as de São Paulo. Um show perfeito. Tom Sawyer que já chega levantando a platéia. O curioso é que no encarte eles revelam que não sabiam que aqui no Brasil a música em questão era utilizado na abertura de "Profissão Perigo", seriado do agente faz-tudo MacGyver. Hilário. E o show segue com as já manjadas Distant Early Warning, New World Man e Roll the Bonés, todas vindas diretamente dos anos 80 e comecinho dos 90.
O primeiro som do mais recente álbum de estúdio, Vapor Trails, que dá nome à turnê, é Earthshine, com uma das guitarras mais sujas do show. Aliás, durante as seis ou sete primeiras musicas, Lifeson não repetiu a guitarra nenhuma vez, trocando-a de música em musica. Foi um grande passeio por vários timbres escolhidos da forma mais brilhante possível. Já Lee quase não largou o seu clássico Fender Jazz Bass preto com o escudo branco, instrumento esse que não o impediu de ser versátil durante a apresentação.
E aí veio YYZ. As expressões do público captadas pelas câmeras, em especial nesta musica, são emocionantes. Todo mundo cantando uma música instrumental com tamanha vontade foi realmente de arrepiar. Falando nisso, as expressões dos integrantes da banda também chamam a atenção. Particularmente, nunca vi tanta alegria num palco antes, e não se esqueçam que estamos falando de uma banda com 30 anos nas costas. Até em musicas não tão extraordinárias assim (dificil falar assim de um grupo como o Rush) tudo parecia perfeito, como no caso de The Pass e Bravado, que ganharam muita força ao vivo, mas hits como The Big Money, The Tress, Free Will e Closer to the Heart (esta última incluída para as turnês mexicana e brasileira) ainda prevalecem.
A segunda parte do show é calcada em canções mais recentes, não só de Vapor Trails, mas também dos outros álbuns dos anos 90. Destaques para One Little Victory; Driven, com Lee tirando tudo o que pode e o que não pode do seu baixo; da clássica Red Sector A; e de tudo o que se seguiu depois do triunfal solo de Peart (a versão acústica de Resist e mais as consagradas 2112, Limelight, La Villa Strangiato, The Spirit of Radio e By-Tor & The Snow Dog). Bem, sobre o solo de Peart.... Só vendo! O cara cruzando os braços, a bateria girando, a parte eletrônica.... Tudo impressiona.
O segundo DVD mostra um documentário bem bacana da banda passando por Porto Alegre, São Paulo e Rio, com imagens de shows, dos fãs, bastidores, entrevistas, explicações a respeito do set list e cenas da intimidade dos caras também (a parte em que o Lifeson tira um sarro do Ozzy é de morrer de rir). Além disso tudo, três faixas do DVD estão em versão multicâmera. Fora duas faixas escondidas, uma mostrando a animação que aparece no telão quando a banda está tocando By-Tor & The Snow Dog e a outra, um clip de 1975 da música Anthem. Imperdível.

domingo, agosto 22, 2004

Top 5 - Bandas independentes

Acho que estamos vivendo uma época ótima para as bandas independentes. Nunca teve tanta gente boa com vários lugares legais pra se tocar, espaço na mídia, matérias na MTV, e aquela força que a internet traz na hora de divulgar alguém, distribuir mp3s fazer propaganda... Nunca foi tão fácil ter acesso ao material de todo mundo. Foi por isso que hoje ao invés de colocar algum texto enorme pra vocês lerem, eu resolvi inaugurar a minha seção “Top 5”. Segue aí embaixo a minha lista das 5 bandas independentes que tem feito a minha cabeça, bem como os links de acesso para as páginas da moçada:
1. Ludov (SP)
2. Banzé (SP)
3. Walverdes (RS)
4. Autoramas (RJ)
5. Gram (SP)

Tentem escutar esse pessoal, pois eles são bacanas. E se alguém quiser me indicar mais bandas alternativas interessantes, fiquem a vontade.

No player: The Beatles – Revolver (1966)

domingo, agosto 15, 2004

Pearl Jam - Lost Dogs

Conforme prometido na semana passada, aí vai o review do Lost Dogs (2003) do Pearl Jam. Esse foi o primeiro texto que escrevi nessa minha volta, e foi com ele que passei a integrar a equipe de redatores do Disconnected. Hoje eu acho que o texto acabou ficando meio que cheio de “firulas”, mas tudo bem. Lost Dogs foi uma coletânea de lados bs que o Pearl Jam lançou no ano passado, mas que já havia alguns anos estava sendo estudada. Discão.
Links para ver as versões do texto que foram publicadas:
Disconnected
Whiplash

Discos que entraram na minha coleção nesta semana:
Foo Fighters – All My Life (Single - 2002)

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PEARL JAM - Lost Dogs: Rarities and B Sides
(Sony - nacional)

André Melo

A chuvosa Seattle do início dos anos 90 projetou para fora de suas fronteiras várias bandas de grande impacto. Rapidamente o mundo todo recebeu notícias do que estava vindo daquela região, e o Brasil não ficou fora. Na época, garotos paulistas e cariocas vestindo sufocantes camisas de flanela saíram de suas casas enfrentando o tradicional sol de janeiro para ver o Nirvana e o Alice in Chains tocarem num dos mais importantes festivais brasileiros que se teve notícia, o Hollywood Rock (de 1993). Curiosamente, dez anos depois quase não se ouve mais falar daquele movimento. O grunge foi tão forte quanto rápido. Parece que a única banda que atravessou o período e ainda vive com um certo prestígio para contar a história é o Pearl Jam.
A resposta do porquê de a banda ter sobrevivido pode ser encontrada em Lost Dogs: Rarities and B Sides, seu mais recente lançamento. O tão prometido e adiado CD duplo traz uma coleção de b-sides, sobras de estúdio e de faixas lançadas anteriormente em trilhas sonoras, CDs beneficentes e os tradicionais singles de Natal que os caras mandam para o seu fã clube. Mesmo sendo uma coletânea, o álbum possui uma notável uniformidade musical que pode ser explicada pela opção feita pelo grupo em colocar as músicas mais pesadas no primeiro disco e as mais lentas no segundo, além de metade das faixas aqui presentes ter sido especialmente regravada.
O primeiro CD é arrebatador. Levanta a bola com o rockão All Night e mantém o nível até terminar com a grandiosa Yellow Ledbetter. Esta, assim como vários outros sons do CD, é lá do comecinho da banda, da época do campeão de público e crítica Ten. Mas a primeira parte de Lost Dogs é mais focada nas canções mais recentes e experimentais, aquelas que acabaram ficando fora de álbuns mais conceituais da banda, caso de Black, Red, Yellow, Down, Sad, U e Undone. A energia que os roqueiros mais convictos reclamam não haver mais nos discos do Pearl Jam pode ser encontrada de sobra nesse material atual.
O ritmo do segundo disco é ditado pelos violões presentes na belíssima Fatal e na tranqüila Other Side. Nele encontramos muitos dos b-sides de Ten - as baladas Footsteps, Wash e Brother e a suingada Dirty Frank - além de vários singles distribuídos ao fã-clube - Strangest Tribe, Drifting, Let Me Sleep e Last Kiss. Sem dúvida nenhuma, o clima é mais intimista e não tão universal quando o do primeiro CD. Dessa vez, não só as letras como também os vocais estão divididas por todo o grupo. Além da voz de Eddie Vedder, é possível ouvir Stone Gossard (Don't Gimme No Lip), Jack Irons (Whale Song) e Jeff Ament (Sweet Lew), todos cantando músicas de sua autoria.
Outras surpresas são os covers: a quase punk Leavin Here (hit da Motown), a surf music Gremmie Out of Control (clássico do Silly Surfers) e a já bem rodada Last Kiss. Como toda coletânea, essa também preteriu hits e outros bons sons, mesmo sendo um disco de raridades. Quem não se lembra de Crazy Mary, faixa que tocava sem parar nas rádios brasileiras entre 93 e 94 e que fazia parte de um tributo à Victoria Willians? E de Soldier of Love, lado B do single Last Kiss. Além destas, podiam muito bem marcar presença I Got Id, gravada com Neil Young, e a grande State of Love and Trust, parte da trilha sonora de "Singles, Vida de Solteiro", filme que mostrou toda a Seattle citada acima.
Como já é de costume da banda, o encarte veio caprichado, com um livreto com informações das músicas e depoimentos dos integrantes a respeito de cada uma delas. Muito bem feito. Lost Dogs poderia muito bem fazer um certo sucesso entre qualquer um que aprecie um rock trabalhado, cheio de referências e com um certo experimentalismo não contido, mas o preço médio sugerido para a coleção de raridades faz com que somente os fãs mais afoitos da banda o coloquem na coleção.

sábado, agosto 07, 2004

Blur - Think Tank

A semana foi boa. Na verdade muito boa... Ia colocar para vocês aqui hoje, um reviewzinho que fiz para o Lost Dogs do Pearl Jam (2003), mas como saiu um texto novo meu lá no site do Disconnected, então resolvi deixar o link aqui pra vocês visitarem a página. O bom do link é que o número de visitas do Disconnected, site que tem me dado muito espaço, vai aumentando, e isso é muito bom não só pra eles, como pra mim também.
Um dos motivos que fizeram a minha semana ser tão bacana, foi o presentão que ganhei da Lú. Na verdade, foram dois presentões musicais. Trata-se das versões em vinil de dois discos que eu considero como estando entre os melhores da década de 90. O primeiro é o Temple Of The Dog (1991), álbum que reuniu integrantes do Soundgarden e do Pearl Jam com o intuito de homenagear um cara chamado Andrew Wood, vocalista da banda Mother Love Bone, que havia falecido em razão de uma overdose de heroína no ano anterior. O outro é o primeiro disco do Pearl Jam, Ten (1991). Acho que não tem nem o que dizer sobre esse disco. Muito bom! Brigadão, Lú! Mas chega de Pearl Jam.
Hoje tem show da banda Gasolina lá em Pinheiros. Anota aí:
Banda Gasolina
Bar Fradique 37, hoje 07/08
R. Fradique Coutinho, 37 – Pinheiros
Couver: R$3,00 / Consumação: R$5,00
Maiores detalhes: www.tramavirtual.com.br/artista/gasolina

E conforme prometido, é só clicar na capa do disco aí em baixo que você será jogado para a página do Disconnected com o meu reviewzinho. E antes que comecem a me xingar, eu sou fã de Blur, mas acho que esse disco foi uma bola fora. Tudo bem, eles ainda tem muito crédito pra gastar.


Pra terminar, escrevi este post ouvindo Autoramas.

segunda-feira, agosto 02, 2004

Boas Vindas

Pronto! Depois de muita embromação esse blog saiu do papel. Pra quem ainda não sabe, meu nome é André, e eu gosto de escrever sobre música.
A idéia do blog veio a partir dos meus amigos que vivem reclamando comigo sobre o fato de que eu não consigo coloca-los a par da publicação de tudo o que eu ando escrevendo por aí, ou seja, vou colocando por aqui tudo o que estiver saindo em algum outro site, não esquecendo dos respectivos links pra que depois de ler os textos todo mundo possa acessar o local onde os mesmos saíram originalmente.
E antes de qualquer coisa, quero dedicar este post aos meus agradecimentos. E aí vai:
Agradeço a minha mãe que fez as vezes de professora antes mesmo que eu começasse a freqüentar a escola; ao meu pai que no começo dos anos 80 saiu de dentro de uma das lojas do Mappin com um vinil duplo do álbum The Beatles – 1967-1970 de baixo do braço; a Tia Denise que (bem ou mal) me ensinou a cartilha na primeira séria, a todos os que visitaram “O Portal” (o site de rock que mantive antes de entrar na faculdade), a todos os amigos que me incentivaram a voltar a escrever, em especial ao Ri, a Ka, a Tati e ao Luiz, que estavam comigo naquele pôr do Sol na Praia do Forte, Florianópolis, reveillon 03/04; ao Daniel Dutra, meu editor no Disconnected; ao Edson, que faz propagando das coisas que eu escrevo por aí; a Evy e ao Ri, pelos 749 shows que vimos juntos; a Aninha, principal responsável pela escolha do nome do blog; a Cátia e a Sharon, que me aturaram durante todo esse árduo processo de escolha do nome, aos meus amigos blogueiros que me ensinaram que “Blog é legal”; e a todos os meus demais amigos por serem meus amigos.
Por hoje vou ficar só nisso. No próximo post já vai ter algum review que eu escrevi por aí.
Beijos e Abraços.