sábado, março 26, 2005

Eu gosto de Bon Jovi!!

Gosto, e daí? Está certo que o Arthur Dapievene e o Luiz H. Romanholli não citam a banda no seu Guia do Rock em CD, mas o pessoal da grande e extinta revista Zero colocam New Jersey (1988) como sendo um dos “100 discos que você precisa ter... pra não passar vergonha”, dizendo que este é um disco para quem gosta de amores platônicos, amizades duradouras e peitos cabeludos.... bem, tirando os peitos cabeludos, eu gosto das outras coisas....
O fato é que comprei minha coletânea Cross Road (1994) importada! Tudo bem naquela época o dólar e o real estavam pau a pau, mas mesmo assim, uma coletânea importada do Bon Jovi não era pra qualquer um. O John Bon Jovi canta bem, o Richie Sanbora é uma baita guitarrista e os dois juntos foram os responsáveis pela maior parte dos grandes sucessos da banda. Bons músicos. Tudo bem que a maior parte gostava dos caras porque os achavam boa pinta, mas a música desse pessoal é maior do que isso.
Gostar do Bon Jovi nos anos 80 e início dos 90 era meio que como gostar do Menudo. Se você chegasse numa rodinha dizendo o título desse post, a galera já te chamava de mariquinha ou algo do tipo. Isso já me causou alguns problemas.... mas também me ajudou a chegar em algumas meninas....
Born To Be My Baby foi um dos grandes hits da minha adolescência nos anos 80. Gostava tanto disso que a primeira vez que escutei Guns n’Roses e não sabia ainda o nome dessa banda, eu os chamava de “aquela banda tipo Bon Jovi”. Tá, hoje a gente sabe que eles não tem nada a ver um com o outro, mas vocês têm que entender que naquela época só tínhamos acesso ao heavy metal do Metallica, Judas Priest e Ozzy Osbourne, o pop eletronico do Tecnotronic, Information Society e Pet Shop Boys e o pop rock do Inxs, Smiths e The Cure. Bon Jovi estava no mesmo patamar que o Guns. Não existiam as “n” categorias que hoje estão rotuladas dentro do universo pop rock. O heavy metal era heavy metal. Não tinha nada de “New Metal”, “Death Metal”, “Speed Metal”..... “Sei lá mais o que Metal”...
Eu também gostava de RPM, mas isso é outra história....

E pra encerrar:

Top 5 – Bon Jovi
1. Born To Be My Baby
2. Living On a Prayer
3. Keep The Faith
4. Miss Understood
5. Wanted Dead Or Alive

E no fone:
Bob Dylan - Greatest Hits(1967)

domingo, março 20, 2005

Lenny

Quinta feira teve show do Lenny Kravitz no Pacaembu. Bem, quinta foi um dia de cão por causa do trabalho, quase não tirei os olhos dos projetos que eu estava entregando, nem quando a Catita me chamava no messenger pra saber se eu ainda estava vivo. O dia foi difícil, quase não almocei, maior correria, o Amauri me ligando: Cadê você?? O show já vai começar!!

Quase deu tempo! Quando avistei o Pacaembu e comecei a ouvir a banda tocar, mas eles estavam apenas começando. Santa chuva que fez o show atrasar em meia hora! Eu já estava dentro do estádio quando ele tocou o primeiro hit Let Love Rule. O show foi bem legal, o cara é um showman, as músicas são bem conhecidas e ele faz uma mistura de ritmos negros bem legal. Dava pra reconhecer rock n'roll, gospel, funk, blues... Mas o estádio até que não estava cheio... ingresso caro, São Paulo debaixo d'água... acho que tudo colaborou.
Como cheguei atrasado, cheguei ao estádio procurando meus amigos. Então fui andando devagar no meio da multidão olhando pra cara de todo mundo pra ver se reconhecia alguém. É lógico que não achei ninguém, mas o bacana foi poder perceber a diferença entre as pessoas que estavam lá na ponta do estádio, bem próximo da porta de acesso e o pessoal que ficava mais perto do palco. Á medida que você vai andando, os berros, a muvuca e o número de meninas vai aumentando. No fundo do gramado, as pessoas estão como se fosse num barzinho, tomando uma cerveja com a música do Lenny ao fundo. Agora lá na frente, o importante é berrar, cantar as músicas e chamar o Lenny de gostoso.
Ponto forte do show: a equalização dos instrumentos! Nunca ouvi um som tão bom em estádio! E olha que já vi o Eric Clapton, o Rush, o U2....
Mudando de assunto. Quem passa por aqui há mais tempo deve se lembrar de um texto sobre covers que escrevi para o Disconnected. Pois bem, esse texto acaba de ser publicado no MuzPlay, um site bem legal de rock e música alternativa (valeu, Agnaldo!). Pra quem quiser visitar, é só clicar aqui.
Este post é em homenagem ao Black Crowes, banda que demorou, mas..... VOLTOU!!!

E no player:
Ludov - O Exercício das Pequenas Coisas (2005)