Depois de um final de semana bem atrapalhado, aqui estou eu de novo pra conversar com o pessoal que costuma me visitar. Queria agradecer a galera que tem aparecido por aqui em busca de novidades, não só os amigos que encontro por aí, que aparecem no meu messenger, enfim, que fazem parte do meu dia a dia, mas também do pessoal que tem aparecido por aqui por meio do Disconnected, do Whiplash, do meu perfil no Orkut... Sejam bem vindos! A casa é de vocês!
Acabei de chegar do Sesc Pompéia, aqui em São Paulo, onde mais uma vez assisti ao Ludov. Que banda! Grande show! E é muito bom ver esse pessoal crescendo, com cada vez mais público. Muito bom poder levar mais amigos pra conhecer a banda e as músicas, e muito bom poder rever os amigos por lá, mesmo que seja rapidinho. Agora chega da parte pessoal e vamos para a parte musical.
Escrevi o review abaixo em março passado. Se trata de um dos discos que eu considero como um dos maiores álbuns de rock n’roll de todos os tempos. Essa banda fez muita história. Pra quem gostar, o cd pode ser encontrado baratinho por aí.
Links para ver as versões do texto que foram publicadas:
Disconnected
O que eu estou ouvindo: Humble Pie
***
THE CLASH - London Calling
(Epic - nacional)
André Melo
É inegável a influência do Clash ao longo de sua existência e a que ainda ostenta quase 20 anos depois de ter encerrado as atividades. Desde 1976, ano em que apareceu no cenário punk de Londres, pipocam bandas pelo mundo todo querendo se aproximar musicalmente dos caras, não importando se são seus conterrâneos (The Cure, Joy Division, Echo & The Bunnymen) ou surgidos nesta ultima grande onda punk de dez anos atrás (Green Day, Offspring, Rancid). Em terras brasileiras também apareceram seguidores (Ira!, Capital Inicial, Legião Urbana).
A obra-prima de Joe Strummer (guitarra e vocal), Mick Jones (guitarra e vocal), Paul Simonon (baixo) e Topper Headon (bateria) foi London Calling. Lançado originalmente em 1979 como vinil duplo (a versão em CD é simples), mas custando o preço de um simples (o quarteto abriu mão de parte dos seus lucros), o álbum mostra a banda politizada como sempre foi, mas flertando um pouco mais com outros ritmos, trazendo mais informação musical para as já manjadas três notas do punk. Em várias faixas podemos ouvir pianos, órgãos e metais se somando ao som do grupo e contribuindo para os elementos de reggae e de jazz aqui presentes.
Já na capa do disco pode-se perceber a que eles vieram. Trata-se de uma paródia ao álbum de estréia do Elvis Presley, com as palavras "London" e "Calling" dispostas na mesma fonte, cor e posição das palavras "Elvis" e "Presley" do disco do rei, mas com a foto de Simonon prestes a estilhaçar um Fender Precision (seu baixo preferido) no palco de um show em Nova York. Os restos mortais do instrumento podem ser encontrados hoje no museu do Rock & Roll Hall of Fame.
O álbum é aberto com a faixa-título. O hino London Calling clama a presença de garotos e garotas londrinos para uma guerra já declarada pelo movimento punk contra a sociedade local - "London Calling to the faraway towns, now that war is declared, and the battle come down, London Calling to the underworld, Come out the cupboard, all you boys and girls". E a guerra se estende por todo o disco, sejam as letras falando sobre a polícia, como na jazzística Jimmy Jazz; sobre traficantes, na festiva Hateful; ou sobre uma guerra de verdade, como em Spanish Bombs. Aliás, com seu refrão em espanhol, esta é uma das mais empolgantes do disco.
As letras afiadas de Strummer e Jones não perdem uma só oportunidade de criticar o governo e a forma de vida inglesa dos anos 70. A primorosa Lost in the Supermarket, além de mostrar uma banda afinadíssima (riffs bacanas, baixo e bateria no lugar exato, vocais se completando...) discute a febre consumista, Koka Kola fala da cocaína (e do refrigerante) infiltrada nos "corredores do poder"...
O reggae e o ska aparecem de forma marcante. Rudie Can't Fail, The Guns of Brixton e Wrong 'Em Boyo mostram o porquê de hoje ser tão dificil conseguir classificar (comercialmente falando) bandas novas como sendo representantes de ska ou de punk. A penúltima faixa, Revolution Rock, só vem ratificar essa fusão de ritmos. É engraçado ouvir uma música com um título forte como este ser na verdade... Um reggae! E com direito à batida havaiana, naipe de metais, baixo suingado e uma guitarra chorada de dar dó.
Na verdade, a porrada do disco está em Death or Glory. Seria possível título mais punk do que este? E para fechar com toda a classe, a ótima Train in Vain (Stand by Me) , que desde a introdução na bateria (que 15 anos mais tarde foi tomada de empréstimo pelo Garbage para a sua Stupid Girl) até os acordes finais é cativante - "The only thing I can say, Stand by me". Um álbum que ficou para a história, London Calling foi como uma introdução aos anos 80. Ouvindo suas 19 músicas, é difícil não achar alguma coisa que não tenha influenciado quem foi sucesso em qualquer parte do planeta à época, sejam punks, pós-punks ou new wave. E pensar que depois disso o Clash ainda teve lenha para queimar e fez mais alguns discos muito bons.
Bem... se um dia te derem algo azedo como limões, veja o lado bom da coisa, você pode fazer uma limonada! Sobrou limão? Faça uma caipirinha, ou uma torta, uma limonada suíça, sei lá... Eu, como sou mais complicado resolvi, fazer uma sopa. Uma sopa cheia de rock n' roll onde você pode encontrar uma coletânea dos meus textos publicados ou não, além de outras coisinhas.
quinta-feira, setembro 30, 2004
domingo, setembro 19, 2004
Zoom Beatles / Os Maccacos / Top 5
Quinta passada fui com o Rica até o Little Darling, lá no bairro de Moema, São Paulo, assistir uma banda 2 em 1 (já explico o porquê do 2 em 1). Já fazia um belo tempo que não fazíamos isso, e se não me falhe a memória, a última banda com o mesmo porte (ou quase) e mesma proposta (ou quase) que essa que nós tínhamos visto juntos foi a Kaduna, banda especializada em sons do Santana e que conta com participação do nosso brother Erick. Vimos essa banda lá no Bourbon Street em março passado. Faz tempo!
A banda de quinta passada era a Zoom Beatles, banda cover dos Beatles com integrantes na faixa etária de uns 20 e pouquíssimos anos, mas que já traz nas costas diversas apresentações, inclusive com passagem pelo templo sagrado dos beatlemaníacos, o Cavern Club, em Liverpool. E além de fazerem shows por aí com esses covers, eles ainda se apresentam sob o nome de Os Maccacos (daí o 2 em 1), executando mais uma porrada de sons de outras bandas de todas as épocas e vertentes do rock n’roll, além de terem várias músicas próprias. Ou seja, a molecada tem um tremendo de um set list executado acima de tudo com uma baita qualidade.
Difícil dizer o que mais me surpreendeu. Talvez seja o Hofner empunhado com a maior desenvoltura durante toda a apresentação pelo baixista, os solos precisos de guitarra, a voz do vocalista, o set list.... Ou talvez tudo isso junto. Mas que a voz do Reinaldo (o vocalista) é algo fenomenal, isso é! O cara cantou todas as músicas mais berradas e rasgadas dos Beatles, aquelas em que o Paul Mccartney se esgoelava de tanto gritar (I’m Down, I’ve Got A Feeling, Helter Skelter...), e depois berrou mais ainda quando a banda assumiu a sua outra identidade e tocou sons como Hey Tonight (Creedence Clearwater Revival), Rock And Roll (Led Zeppelin), I Fell Good (James Brown), e resolveu fazer a voz da Katie Pierson no Candy do Iggy Pop. Parecia brincadeira. Muito bom!
Site dos caras: Os Maccacos
E influenciado pelo Zoom Beatles, resolvi fazer um Top 5 – Canções dos Beatles que eu gostaria de ouvir agora. Provavelmente, se eu fizer o mesmo Top 5 daqui há 5 minutos, as músicas serão outras. Mas aí vão as 5 desse momento:
1. I want to tell you
2. Got to get you into my life
3. And your bird can sing
4. Rain
5. Everybody’s got something to hide except me and my monkey
No player: Gram - Gram (2003)
A banda de quinta passada era a Zoom Beatles, banda cover dos Beatles com integrantes na faixa etária de uns 20 e pouquíssimos anos, mas que já traz nas costas diversas apresentações, inclusive com passagem pelo templo sagrado dos beatlemaníacos, o Cavern Club, em Liverpool. E além de fazerem shows por aí com esses covers, eles ainda se apresentam sob o nome de Os Maccacos (daí o 2 em 1), executando mais uma porrada de sons de outras bandas de todas as épocas e vertentes do rock n’roll, além de terem várias músicas próprias. Ou seja, a molecada tem um tremendo de um set list executado acima de tudo com uma baita qualidade.
Difícil dizer o que mais me surpreendeu. Talvez seja o Hofner empunhado com a maior desenvoltura durante toda a apresentação pelo baixista, os solos precisos de guitarra, a voz do vocalista, o set list.... Ou talvez tudo isso junto. Mas que a voz do Reinaldo (o vocalista) é algo fenomenal, isso é! O cara cantou todas as músicas mais berradas e rasgadas dos Beatles, aquelas em que o Paul Mccartney se esgoelava de tanto gritar (I’m Down, I’ve Got A Feeling, Helter Skelter...), e depois berrou mais ainda quando a banda assumiu a sua outra identidade e tocou sons como Hey Tonight (Creedence Clearwater Revival), Rock And Roll (Led Zeppelin), I Fell Good (James Brown), e resolveu fazer a voz da Katie Pierson no Candy do Iggy Pop. Parecia brincadeira. Muito bom!
Site dos caras: Os Maccacos
E influenciado pelo Zoom Beatles, resolvi fazer um Top 5 – Canções dos Beatles que eu gostaria de ouvir agora. Provavelmente, se eu fizer o mesmo Top 5 daqui há 5 minutos, as músicas serão outras. Mas aí vão as 5 desse momento:
1. I want to tell you
2. Got to get you into my life
3. And your bird can sing
4. Rain
5. Everybody’s got something to hide except me and my monkey
No player: Gram - Gram (2003)
domingo, setembro 12, 2004
The Bassman
Depois de um descanso proporcionado pelo feriado prolongado, aqui estou eu para mais um post.
Outro dia eu estava pensando a respeito dos covers mais legais que eu já havia escutado. Fiz uma lista de 15 sons muito bons, e resolvi escrever a respeito deles. O fato é que esse texto foi publicado esta semana como a minha estréia como colunista no site do Disconnected. O link segue abaixo.
Na versão final do texto, falei de 12 dos 15 sons que havia pensado inicialmente, então aí vai a relação dos 3 que ficaram de fora:
- I Will Survive (Cake)
- Summer In The City (Butthole Surfers)
- Motherless Child (Eric Clapton)
Bem, se alguém ai lembrar de alguma outra cover bacana, pode deixar aí um recadinho com a dica. Para ler a coluna sobre covers é só clicar na imagem aí em baixo. Valeu!
Rodando no player: The Stone Roses – The Stone Roses (1989)
Outro dia eu estava pensando a respeito dos covers mais legais que eu já havia escutado. Fiz uma lista de 15 sons muito bons, e resolvi escrever a respeito deles. O fato é que esse texto foi publicado esta semana como a minha estréia como colunista no site do Disconnected. O link segue abaixo.
Na versão final do texto, falei de 12 dos 15 sons que havia pensado inicialmente, então aí vai a relação dos 3 que ficaram de fora:
- I Will Survive (Cake)
- Summer In The City (Butthole Surfers)
- Motherless Child (Eric Clapton)
Bem, se alguém ai lembrar de alguma outra cover bacana, pode deixar aí um recadinho com a dica. Para ler a coluna sobre covers é só clicar na imagem aí em baixo. Valeu!
Rodando no player: The Stone Roses – The Stone Roses (1989)
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